02 abril, 2007
08 fevereiro, 2007
14 dezembro, 2006
Primeiro percebi que não preciso gostar de uma pessoa para admirá-la e que até é bom saber a diferenças entre as duas coisas.
Que o melhor da palavra é quando ela aproxima as pessoas. No lançamento dos 103 que contam estava todo mundo feliz pelo coletivo. Individualismo e singularidade não são sinônimos. Oxála!
Sempre vou sentir saudades das pessoas que me despertaram intensidades. Mesmo que nem saiba mais quem elas são.
Percebi que não adiata fazer esforço para promover encontros. Eles acontecem por acaso ou por que as partes envolvidas querem se encontrar. Daí, se eles não acontecem fica o platonismo. Que também é bom, por que é sonho.
Não entendo, nem quero entender por que precisa doer. Mas ás vezes, ainda dói. E eu sinto muito. Mas, ainda sinto. Só que não é mais endereçado. É uma dor alojada no peito e assim que é. Não preciso pedir socorro por não sentir nada.
09 dezembro, 2006
PSIA-ILTDA
A mar Omar
meu amor perguntou
o mar é feminino ou masculino?
O mar
grande
repuxo
ventania
ondas fortes
invade a praia
em sua intimidade
Amar
suave
brisa
ondulações
margeiar a areia
superfície mansa
profundidade
a onda
o fundo
a areia
o repuxo
a água
o mergulho
Netuno e Iemanjá
teu divino
minha deusa
brincam
entrelaçados
n’o mar
juntos a amar
04 dezembro, 2006
VITOR RAMIL E PAULINHO MOSKA
LÁGRIMAS DE DIAMANTES
Letra e Música: Moska
Não se preocupe mais
Com minha imperfeição
Não se pergunte mais
Porque me disse não
Se eu não procuro agora
O que encontramos antes
É só porque a noite chora
Lágrimas de diamantes
Lágrimas de diamantes
À noite, lágrimas de diamantes
De dia lágrimas, à noite amantes
Lágrimas de diamantes
É NATAL, BELÉM, BELéM!
Tinha ido de Natal prá Belém. Adorei a praia do careca, a Pipa e principalmente a loja do Gatos de Rua, que se puderem olhar o site... É um trabalho social que produz objetos maravilhosos. Ah, trabalhei feito louca nas duas cidades. Me senti orgulhosa de levar as nossas construções sobre a clínica e a educação prá lá. Mas, o que levei ficou por lá. Aqui queria comentar um pouco do que trouxe comigo.
ANESTESIAR A ALMA
E aí? Que tu tens a ver com isso?
Nesses tempos que costumamos anestesiar a alma: está triste?
Antidepressivo?
Ansioso? Toma um calmante.
É agitado, dá-lhe ritalina.
E assim ,a indústria farmacêutica, junto com a de armas, enriquece.
Às custas de que? De que não se sinta, de que não se pense, de que não se viva, cada um a sua loucura, sua beleza e sua dor. Vejo isso todo dia sendo feito com crianças, remédios de anestesiar a alma, de sufocar o grito, de desfazer o manto.
03 dezembro, 2006
06 novembro, 2006
MINI CONTO
Ponteiro pequeno no quatro. O grande no seis. O dos segundos, insiste. O tempo parou. Três gatos andam pelas bordas dos telhados. Parapeitos inertes gemem.
Fronteira entre ócio e tédio. Vento nordeste. Tudo espera. Os músculos doem. Vamos envelhecendo sem sequer nos olhar nos olhos. Nossas marcas na pele e cabelos brancos testemunham a morte eminente. Sua flacidez indiferente e o cansaço dos assuntos nos entorpecem. No espelho uma estranha olha decepcionada para meus peitos.
Todo dia juntamos o lixo e colocamos em frente à grade que nos protege-prende. O gato amarelo, o maior e mais peludo me olha. Tínhamos tudo, menos tempo. O ponteiro dos segundos também parou. Os gemidos eram de dor. Abro a grade, esqueço o lixo, os meus peitos e me perco nos parapeitos daquele olhar castanho.
Elaine