04 dezembro, 2006

É NATAL, BELÉM, BELéM!

Em Belém tem um mercado que vende peixe, camarão, caranguejo. Esse é um dos poucos homens negros que vi lá. Lá, o rio e o mar se juntam e fazem uma divisão de águas que ficam disputando entre si, o marrom e o verde se empurram numa dança muito singular. No mercado, ao lado, têm as mulheres perfumeiras, onde são vendidos perfumes feitos de ervas, flores, folhas, cascas e tudo que se possa imaginar, da Amazônia. Tem perfume prá arranjar namorado, prá ganhar dinheiro, prá fazer negócio. É uma delicia o cheiro do Pará. Tem o perfume da bota, prá colocar na sua feminice que diz que enlouquece os homens. E o artesanato? Tudo bem diferente. Triste é ver no porto os caminhões que levam madeira prá Europa. Tchau floresta! Mas, isso é legal? Perguntei prá minha amiga paraense de três gerações. É, ela disse quase chorando. E eu fiquei com vontade de chorar também.
Tinha ido de Natal prá Belém. Adorei a praia do careca, a Pipa e principalmente a loja do Gatos de Rua, que se puderem olhar o site... É um trabalho social que produz objetos maravilhosos. Ah, trabalhei feito louca nas duas cidades. Me senti orgulhosa de levar as nossas construções sobre a clínica e a educação prá lá. Mas, o que levei ficou por lá. Aqui queria comentar um pouco do que trouxe comigo.
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