14 dezembro, 2006


Na terça-feira passada me dei conta de algumas coisas importantes. Não que eu não soubesse, mas que talvez precisassem de um registro:
Primeiro percebi que não preciso gostar de uma pessoa para admirá-la e que até é bom saber a diferenças entre as duas coisas.
Que o melhor da palavra é quando ela aproxima as pessoas. No lançamento dos 103 que contam estava todo mundo feliz pelo coletivo. Individualismo e singularidade não são sinônimos. Oxála!
Sempre vou sentir saudades das pessoas que me despertaram intensidades. Mesmo que nem saiba mais quem elas são.
Percebi que não adiata fazer esforço para promover encontros. Eles acontecem por acaso ou por que as partes envolvidas querem se encontrar. Daí, se eles não acontecem fica o platonismo. Que também é bom, por que é sonho.
Não entendo, nem quero entender por que precisa doer. Mas ás vezes, ainda dói. E eu sinto muito. Mas, ainda sinto. Só que não é mais endereçado. É uma dor alojada no peito e assim que é. Não preciso pedir socorro por não sentir nada.

09 dezembro, 2006

PSIA-ILTDA


A mar Omar

meu amor perguntou
o mar é feminino ou masculino?

O mar
grande
repuxo
ventania
ondas fortes
invade a praia
em sua intimidade

Amar
suave
brisa
ondulações
margeiar a areia
superfície mansa
profundidade

a onda
o fundo
a areia
o repuxo
a água
o mergulho

Netuno e Iemanjá
teu divino
minha deusa
brincam
entrelaçados
n’o mar
juntos a amar





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04 dezembro, 2006

VITOR RAMIL E PAULINHO MOSKA

Ontem eu tive a felicidade de escutar e ver dois músicos que adoro. O Vitor e o Paulinho. E descobri que eu os adoro por que seriam meus amigos. Sei que poderia conversar com eles e acho que teríamos coisas em comum, a gente combina, entende?(he, he, he). É brincadeira, mas é como sinto. Juro, foi um dos melhores shows da minha vida. Todos saíram andando em nuvens. Os rapazes têm algo a dizer. E dizem. E de um jeito de arrepiar, de emocionar. A voz do Paulinho, com licença, é linda demais. As brincadeiras improvisadas de poesia concreta, é coisa de artista. E as letras? Não precisava de mais nada. Mas tinha e muito. O ano podia ter acabado ontem que tava bom. A noite foi coroada pelo aniversário do Ocidente. Muita gente divertida dançando, numa comemoração às diferenças. Sem desabrigo, sem desatino, sem desafino.

LÁGRIMAS DE DIAMANTES
Letra e Música: Moska

Não se preocupe mais
Com minha imperfeição
Não se pergunte mais
Porque me disse não

Se eu não procuro agora
O que encontramos antes
É só porque a noite chora
Lágrimas de diamantes

Lágrimas de diamantes
À noite, lágrimas de diamantes
De dia lágrimas, à noite amantes
Lágrimas de diamantes


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É NATAL, BELÉM, BELéM!

Em Belém tem um mercado que vende peixe, camarão, caranguejo. Esse é um dos poucos homens negros que vi lá. Lá, o rio e o mar se juntam e fazem uma divisão de águas que ficam disputando entre si, o marrom e o verde se empurram numa dança muito singular. No mercado, ao lado, têm as mulheres perfumeiras, onde são vendidos perfumes feitos de ervas, flores, folhas, cascas e tudo que se possa imaginar, da Amazônia. Tem perfume prá arranjar namorado, prá ganhar dinheiro, prá fazer negócio. É uma delicia o cheiro do Pará. Tem o perfume da bota, prá colocar na sua feminice que diz que enlouquece os homens. E o artesanato? Tudo bem diferente. Triste é ver no porto os caminhões que levam madeira prá Europa. Tchau floresta! Mas, isso é legal? Perguntei prá minha amiga paraense de três gerações. É, ela disse quase chorando. E eu fiquei com vontade de chorar também.
Tinha ido de Natal prá Belém. Adorei a praia do careca, a Pipa e principalmente a loja do Gatos de Rua, que se puderem olhar o site... É um trabalho social que produz objetos maravilhosos. Ah, trabalhei feito louca nas duas cidades. Me senti orgulhosa de levar as nossas construções sobre a clínica e a educação prá lá. Mas, o que levei ficou por lá. Aqui queria comentar um pouco do que trouxe comigo.
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ANESTESIAR A ALMA

Eu já coloquei esse manto aqui antes. Ele foi feito pelo Bispo, que tem sua última entrevista com o Gabeira aqui, blogado. O manto do louco, a arte da loucura. Arte que foi representar o Brasil na bienal emViena.
E aí? Que tu tens a ver com isso?
Nesses tempos que costumamos anestesiar a alma: está triste?
Antidepressivo?
Ansioso? Toma um calmante.
É agitado, dá-lhe ritalina.
E assim ,a indústria farmacêutica, junto com a de armas, enriquece.
Às custas de que? De que não se sinta, de que não se pense, de que não se viva, cada um a sua loucura, sua beleza e sua dor. Vejo isso todo dia sendo feito com crianças, remédios de anestesiar a alma, de sufocar o grito, de desfazer o manto.
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NA ONDA

Na onda Lucas Milmann. Onde? Em Puerto Escondido, onde têm uma das melhores formações e as ondas mais longas do planeta.
Isso é fluir! Posted by Picasa

03 dezembro, 2006

RECONSTRUIR O MUNDO