20 agosto, 2006

NATAL

Quando eu era pequena nem sabia direito o que era Natal. Na pré adolescência descobri que no Natal as pessoas ganhavam presentes, faziam festa e o Bristol e o Baltimore, os cinemas do bairro, fechavam. Eu e meus amigos andávamos pelo Bom Fim meio de cara por que não tinha nada para se fazer. Quando saí do contexto família/escola, comecei a frequëntar as festas de Natal dos meus amigos e conheci a expressão: Nesse Natal, adote um pardal. Depois, a casa dos namorados e finalmente a dos maridos. Coincidentemente, talvez por uma sina, os namoros e casamentos sempre acabaram no final do ano. No Natal passado, fizemos a festa dos sem família, e nos adotamos. Entre meus amigos ateus, eu sou a única judia, mas o negócio é que a gente se sentiu na liberdade de criar nossa própria família. Nesse ano, com ou sem namorado, com ou sem marido, com ou sem religião, a família já decidiu: passamos o Natal juntos.
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