ENDURESSÊNCIA

Neste primeiro do ano algumas inconclusões
em andamento:
Gosto da rua
como se ela fosse minha
ando nela
na madrugada
encontros antigos
comigo
Fogos de artificio são estrelas cadentes
nos enchem de esperanças
e pedidos
merecem palmas de alegria
Os amigos são os fogos do cotidiano
No meu todo dia,
quero comida do Ocidente
café e companhia deles
-minhas virgulas-
momentos de fôlego
para voltar aos meus leões
Mais que Rússia, Lituânia ou Israel
O Brasil é meu país,
não importa seus holocaustos,
suas direitas
e trincheiras
nas sinaleiras
mãos em riste
- Meu país é terra prometida -
A solidão é minha paz
Mas gosto de luta
De reuniões de singularidades
dos coletivos
Os homens vem em diferentes versões
Busco sua enduressência
macia, penetrante
Só sei penetrar nas palavras
O resto ]
que me foda
As crianças têm seus infernos
e a minha nunca esqueceu
mas também
nunca esqueço dela
Queria ler mais,
malhar mais,
dançar mais,
doar mais,
ganhar mais,
viajar mais,
transar mais,
me posicionar mais,
perdoar mais
Mas rio e choro o suficiente num dia por uma vida
Borboleta vive três dias
de eternidade
a larva
não sabe
Sinto falta do mar
dos amigos que não sei
dos amores que não via
das batalhas que nem sabia
tavam lá!
mas eu só travava as minhas
Tudo se transforma aos poucos
parece que não muda
mesmo e diferente
novo
dia a dia
matéria bruta
quer ser minha energia?
Elaine

4 Comments:
adoro este poema!
Te desejo muita muita lenha pra ´por neste fogo criativo,muita paz pra dar um tempo de tudo,muito amor
pra jogar com o extase.
E desejo que nossa amizade persevere e descubra ruazinhas que estavam escondidas !
Feliz aniversário!
Elaine,
parabéns pelo ano(versário). Adorei o teu poema.
Bjo
brigadão vitinho!
bjo
te espero pro café
cris, fico feliz de te ter perto, de te ver bem, de ser tua amiga.
te amo
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