27 agosto, 2006

DIÁLOGOS


DESENCONTRÁRIOS
PAULO LEMINSKY

Mandei a palavra rimar,
ela não me obedeceu.
Falou em mar,
em céu,
em rosa,
em grego,
em silêncio,
em prosa.
Parecia fora de si,
a sílaba silenciosa.
Mandei a frase sonhar,
e ela se foi num labirinto.
Fazer poesia,
eu sinto,
apenas isso.
Dar ordens a um exército,
para conquistar um império extinto.

Orgias
ELAINE

Orgias poéticas

Profanam o silêncio

Co-sagrando as palavras

Co-sangrando a métrica

Co-rompendo a saga

Kama sutra de rimas