01 agosto, 2006

Amor quase

Amor quase
Elaine
A cama queimava
a pele
nua em pelo
ardia
(Se ao menos tu me tocasse)

Mas
só de sentir teus pelos
roçando de leve
pelo meu corpo
doía

O lençol imundo
cheirava à esquecimento
O edredon suava
meu apagamento.

Sem lugar
sem teus braços
nem teus beijos
nem teu pau
que me acariasse
passei intrusa

Meus peitos inchados pela lua
doíam desprotegidos
em mim nada calava
nem a noite
nem a saga

Teus votos des-amor
me sufocaram

De manhã
murchaste em mim
(irrigávamos nosso amor quase)

Escorrendo entre detalhes
palavras tapa furos
não me aliviaram

Amar é maltratar
no aperto feio do pai
na boca suja da mãe
no descaso cego do amante

Me retirei num protesto
que faço em poesia
Amor, eu não quero cego
Meu amor,
quero potência
Teu amor,
evolução
Se me queres intensidade
Te quero comunhão

1 Comments:

Blogger Blogdoumbertinho,blogspot said...

este ta barbarooooooooo!
beijos cris

18:19  

Postar um comentário

<< Home